Sobre
O Sono de Sonho começou com o nascimento do meu filho, um bebé adorável, meigo, uma coisa fofa, mas que me dava algumas noites em que o sono se distribuía em suaves prestações de duas horas. Como é que “sono de sonho” e “acordar a cada duas horas” convivem na mesma frase? Calma, já lá vamos!
O cansaço foi-se acumulando, ao mesmo tempo que ouvia os clichés “só voltas a dormir bem quando ele chegar à adolescência”. Como mãe de primeira viagem, deixei-me guiar pelo instinto e, mesmo quando o meu filho acordava ao fim de 30 minutos de sesta, eu pensava que seria naturalmente o tempo de sono certo para aquele momento. E como ele mantinha a actividade durante o dia, estava sereno e sorridente, sem mostrar sinais de exaustão, fui-me resignando à ideia de ter um bebé que dormia pouco (herança materna, que me lembro de ficar acordada muitas vezes, no infantário, enquanto os meus colegas dormiam!).
Mas comecei a preocupar-me quando, numa manhã, lhe vi umas tímidas olheiras, sob os olhos. Tive receio de que a privação de sono pudesse comprometer o desenvolvimento do meu filho. Percebi que tinha um problema sério em mãos.
Farmacêutica de formação, não me deixo seduzir por fórmulas instantâneas que aparecem na internet e que nunca funcionam. Apenas confio na informação de base científica. Então muni-me de estudos científicos nas áreas da neurologia, pediatria e psicologia mas, como a informação ainda estava um pouco dispersa, procurei formação na área.
A consultoria do sono é já sobejamente conhecida em países como os EUA, Canadá, Reino Unido, Suécia, pelo que optei por fazer o curso através do International Parenting & Health Institute (IPHI), com formadores com mais de 14 anos de experiência e reconhecido pela Association of Professional Sleep Consultants (APSC).
Escusado será dizer que recolhi informação valiosa e, à medida que fui consolidando conceitos, pude melhorar significativamente a qualidade e a quantidade do sono do meu filho.
E, como é óbvio, fui também recuperando o meu sono perdido e mil vezes interrompido, que me diminuía substancialmente a performance diária.
Depois lembrei-me de todas as vezes que ouvi queixas de situações semelhantes e senti a pulsão de ajudar. Passar a palavra e tentar combater a ideia de que ser mãe/pai implica noites mal dormidas. Foi assim que surgiu o “Sono de Sonho”.
Esta missão agrada-me, principalmente porque não são necessárias medidas anti-natura, como deixar uma criança a chorar sozinha.
É tudo uma questão de tempo, de paciência e de entreajuda.